domingo, dezembro 18, 2011

Conselho “informal” de Ministros, Domingo 18 de Dezembro de 2011



A medida mais importante e emblemática saída neste domingo solarengo, 18 de Dezembro, do Conselho de Ministros informal, não teve a ver com o debate sobre as medidas necessárias para a execução orçamental ou com as reformas estruturais como tanto se apregoa, mas sim com a “patriótica e pedagógica” sugestão da emigração dos nossos professores, feita, com a maior displicência, pelo nosso primeiro-ministro.
Basicamente, e porque para bom entendedor meia palavra basta, o nosso primeiro deixou claro que a educação não é uma prioridade neste país (como, aliás, já é hábito lusitano…) e que, portanto, caso tenham enveredado pela profissão de professor, será melhor investir noutra ou sair do país, de vez.
Continuação de bom restinho de fim-de-semana.

(Imagem retirada da internet)

Aquele abraço
Pedro Vouga

terça-feira, maio 03, 2011

DESCENDENTES


Era no tempo em que, no palácio das Necessidades, ainda havia ocasião para longas conversas. (mas podia passar-se hoje...).

Um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país era complexa, os índices nacionais de crescimento e bem-estar, se bem que em progressão, revelavam uma distância, ainda significativa, face aos dos nossos parceiros. Olhando retrospectivamente, tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava a esta permanente "décalage". E, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:

- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem mais longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental.

O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:

- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.

- Não descendemos? - Reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?

- Nós descendemos dos que ficaram por aqui...

(Texto e imagem retirada da internet)


Aquele abraço,
Pedro Vouga

sábado, março 26, 2011

Vivemos tempos de ditadura, de uma democracia financeira de ladrões!

O país vai mal, o povo aperta o cinto há uns anos, e eu ouvi no telejornal, não acreditei. Fui ler no expresso online.

Estas são as figuras emblemáticas do nosso país.

O BCP pagou a Armando Vara 822 mil euros em 2010, mais do que o presidente do banco recebeu. Os valores estão num relatório enviado pelo banco à CMVM.
Pergunto-me se terá declarado a caixa dos Robalos.

A remuneração total do presidente executivo da EDP ascendeu a 1,05 milhões de euros em 2010.
Como justificará, António Mexia, os tais 50 mil euros que acrescem ao milhão. Foi o povo português que pagou a EDP, antes de ter sido oferecida aos compadrios.

Isto anda, no mínimo, obsceno.

Cpts
Pedro Vouga


*** Este texto (NÃO) foi escrito ao abrigo do novo (DES)Acordo Ortográfico ***

Não, não “Será de vez”.

Está de partida José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa?

Não, não “Será de vez”.

É meramente uma crise no Portugal dos Pequeninos.
Somos um POVO de mistura, de memória muito curta, antigamente analfabeto funcional e, hoje em dia, analfabeto licenciado, HABITUADO ao sol e ao fado, a dizer mal dos outros, a fingir, a ser pedinte, a ser servil e ordeiro, velhaco encartado, a ser empurrado.
Somos gente “porreira”! Que “diacho”, se não voltar como primeiro-ministro, voltará como presidente.

Aquele abraço,
Pedro Vouga

quinta-feira, março 24, 2011

Já basta mais dos mesmos!

Boa, noite

Hoje, até me apetece opinar.

Não é nada de grave, nem vai morrer ninguém por haver eleições, o mal está feito.

Sou, tendencialmente, social-democrata e, como homem de recursos humanos há mais de 20 anos, sou um fervoroso defensor da meritocracia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Meritocracia). Admito-me culpado por ter votado José Sócrates na sua 1.ª candidatura, erro que não cometi na sua segunda, optando por votar na oposição (Bloco de Esquerda), eu que, tendencialmente, me revejo nos ideais da social-democracia (por favor não confundir com o PSD desde os anos 90).

A crise é parte do problema, mas a maior quota-parte é do nosso desgoverno como povo e sociedade, da nossa memória muito curta, da nossa fraca cidadania; nós olhámos com orgulho os "Isaltinos Morais" e "Fátimas Felgueiras" do nosso país, perdemo-nos de amores pelos "Hortas e Costa" que desbaratam o que é nosso (povo) em troca de uns milhões na hora. Em vez de gritarmos alto "Peço Justiça!.", dizemos " Para quê, não vai dar em nada...". Estamos amorfos.

Nesta nossa apatia deixámos os nossos governantes em perfeita roda livre. O mal está feito e nada tem a ver o facto do PS ter governado o país 12,5 anos nos últimos 15; o próprio José Sócrates tem 12 anos de carreira politica oficial, 6 como ministro e 6 como primeiro-ministro.

O problema não está só aí, o problema está também no desgoverno político do país real.

O problema está na alienação, por negociatas de compadrio, das antigas empresas que actualmente têm inúmeros gestores pagos a peso d'ouro para não gerir, mas unicamente criar lucros fabulosos, esmagando a sociedade.

O problema está na sociedade amorfa que se esquece que foi com os seus impostos que se rasgou e esventrou o país com as linhas telefónicas (PT), linhas de alta, média e baixa tensão (REN), com estradas e algumas auto-estradas (Ex-Brisa), que se criaram barragens e afins (EDP), ou que se criou a Petrogal. A Sociedade esquece que o que todos pagámos é agora propriedade de alguns.

O problema está nestas negociatas como, por exemplo, nas SCUTS, no Terminal de Alcântara, com o ex-ministro Jorge Coelho agora da Mota-Engil; esta sociedade amorfa paga e, se não der o lucro estipulado por contrato, o estado põe o resto.

O problema está nos políticos antes da carreira política, os ditos "boys" (como o foi, 10 ou 12 anos, o próprio José Sócrates, bem como Pedro Silva Pereira, António Costa, António José Seguro e muitos outros, os quais, são "boys" por "confiança política" em vez de pelas aptidões para a realização do carreirismo político), no sustento na nossa "elite" política governante, e na "elite" política cessante.

Para sustentar estas três fases da metamorfose política, e porque nada criaram antes da dita carreira, desenvolve-se uma máquina que gera, a um ritmo fecundo, todo um tipo de mecanismos, organismos e institutos e ministérios.
Emperra-se a máquina e cria-se uma cultura de desculpabilização e impunidade total.

Meus caros, o actual PSD está na máquina do estado numa quase igualdade com o PS. Não é solução, mas sim parte do problema. O mesmo quase que se pode dizer do CDS, embora numa escala muito pequena, (Mexias (EDP), Celestes Cardonas (CGD)). Tem-se ouvido tanta aleivosidade de muitos comentadores, a dizer que "Não, não se resolve o problema por aí".

Não é sem conta que se ouve " Nem vou votar, para quê?". Crie-se o dever de cidadania! Não sabendo esta sociedade usar a única arma que tem, que é o poder de eleger ou recusar com o voto, obrigue-se a votar através de penalizações, que os meus amigos verão a criação natural da massa critica necessária para ouvirem com certeza o grito "Já basta mais dos mesmos!", ouvirem finalmente "Peço justiça!" e, assim, creio que veremos uma luz ao fundo do túnel




Aquele abraço,

Pedro Vouga